Em resposta ao desafio do meu amigo redjan http://redjanpais.blogspot.com/2007/10/pieces-ideas-challenge-golden-piece.html , aqui fica o meu post:
Esta relíquia, que guardo religiosamente (lá está, Deus sempre presente na minha vida), há mais de 23 anos é sinónimo de quinze meses estranhos, bons, malucos e importantes da minha semi-curta vida. Não sou daqueles que dizem a tropa é uma merda e mais não sei o quê, apesar de ter visto e vivido coisas perfeitamente idiotas, ao contrário daquilo que julgamos ser normal e racional. Uma coisa é certa, tem muitos aspectos positivos e confesso que me fez bem passar por lá!
A recruta foi feita no Campo Grande, actual Universidade Lusófona, e fiz o resto do serviço militar no E.M.G.F.A., mesmo ali ao lado do Estádio do Belém. Foi quase tudo bom! Dos dias maus, que foram vários mas não muitos, recordo vivamente aquele que me tocou num dia de Inverno chuvoso e manhoso. Depois de mais uma jornada na "guerra", sítio onde se bebe muito café e se fuma SG Gigante, entrei na 2ª circular a caminho do BST, onde o "meu" pópó diariamente pernoitava. A minha viatura (DN-53-48), apesar de todo o carinho que eu lhe dava, tinha um defeito irreversível: era um Peugeot 305! Nada tenho contra os produtos de Souchaux, mas aquele leão sempre presente à frente dos olhos não dá para mim! Adiante.
Acabo de fazer as curvas finais do Monsanto e entro na Av. General Norton de Matos, debaixo de um temporal do outro mundo. Naquela altura tinha dificuldade em andar devagar e o ritmo não era o mais adequado às condições do asfalto. Nem do asfalto nem do tráfego, porque venho eu para aí a uns 120 ou 121 kms/h, quando dou pela bicha monumental que entretanto surgiu do nada e digo para mim: "estou fodido"! Pois é, á minha frente "só" estava um camião praticamente parado e só tentei imaginar qual seria a sensação de entrar para debaixo daquela coisa grande e dura. Com ABS de pés, consegui bater a uma velocidade reduzida e não fazer muitos estragos no Peugeot do Estado (100 cts de reparação) e quase nada naquele camião (2,500$00 de uma matrícula e de um pisca). Depois de levar com uma repreensão disciplinar agravada, não trazer nenhum louvor para casa, mas sem ter ido dormir uns dias à pildra militar, pensei: "foda-se! A vida continua e já me safei desta, sem grandes marcas!". E cá estamos nós... a continuar a vida!
Continuo a saber de cor o meu nº mecanográfico. Estranho, não é?
3 comentários:
You're in 'Colheita de 1963 ' .... veremos a classificação final ... Mas ... tens de ir ao post desafiante lá no pieces e anunciar o teu post ..... deixando o link para este espaço onde tergiversas também.... Confuso ? Nadica .... basta olhar a como os outros fizeram !!
Ganda & fika
A "vencedora" gostou... apenas se esqueceu de comentar... Um beijinho a alta velocidade! (",)
Cati, o que deixei noutro lado, foi mera piada...
Sinceramente, o texto que "dei" a concurso está a anos luz dos outros todos... Eu limitei-me a contar um episódio pessoal, ao contrário de vcs, que abriram o livro da imaginação! E estiveram todos bem...
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